Uma tarde fomos os dois até ao
refeitório e lá estava a musa inspiradora que lhe tirava o sono, a Olívia,
que por acaso era minha parceira de laboratório. Ela era loirinha e bonitinha, era encantadora, mas
em mim não tinha efeito nenhum, porque eu não aprecio mulheres (risos), graças a Deus!
- Liz: “é aquela?”
- Dean: “é, então? Já a conheces?”
- Liz: “sim, ela é minha
parceira de laboratório.”
- Dean: “já podias ter dito, não te
atires porque eu vi primeiro!”
- Liz: “sim, como se eu me interessasse,
nem faz o meu género...eu gosto mais assim de gajo…jas, gajas diferentes!
(quase que me descaia) ”
- Dean: “melhor ainda, então quando
estiveres nas aulas com ela podes falar-lhe de mim, falar bem de mim!”
- Liz: “pode ser, e o que é que eu
ganho em troca?”
- Dean: “o que quiseres, é só pedir!”
- Liz: “quero que me ajudes nas aulas de
educação física, com a preparação claro! O treinador é muito rígido e a
minha constituição, bem, deixa muito a desejar...”
- Dean: “feito! Então vai tratando
disso!”
Estive na aula com a Olívia e conversámos, ela era muito simpática. Passado um bocado falei-lhe
sobre o Dean, e qual foi a minha surpresa:
- Olívia: “o Dean? Não faz o meu género,
não que não seja bonito, não é isso, temo é que não passe mesmo só do físico
sabes?”
- Liz: “ele não é assim, olha que eu sei
do que falo, eu sou companheira…ro, companheiro de quarto dele, e ele não é como
os outros….”
- Olívia: “de qualquer modo, todos os rapazes desta escola olham para mim como se eu fosse um pedaço de carne, só olham ao físico. De facto tu foste o único rapaz desta escola que não tentou nada comigo, gosto disso sabes?”
- Olívia: “de qualquer modo, todos os rapazes desta escola olham para mim como se eu fosse um pedaço de carne, só olham ao físico. De facto tu foste o único rapaz desta escola que não tentou nada comigo, gosto disso sabes?”
- Liz: “ (…o que raio quer ela insinuar?)
…sim, de qualquer maneira não perdes nada se experimentares sair com ele não
é? Podem ir ao Talon amanha á noite, um jantar depois logo vês se
gostas ou não!”
- Olívia: “não…espera…ok…”
Ao menos tinha algo de bom para contar ao Dean. Cheguei ao quarto nessa
tarde e lá estava ele na sua cama, mais despido que vestido e eu:
- Liz: “oi, então tudo bem?”
- Dean: “sim e contigo?”
- Liz: “bem...eu hoje tive uma
conversinha com alguém do teu interesse...”
- Dean: “quem? A Olívia?”
- Liz: “...sim...”
- Dean: “e então, conta-me como foi e o
que é que falaram?”
- Liz: “calma, também não é preciso
tanto...o que é que ela tem assim de tão especial?”
- Dean: “estás a falar a sério? Ela é só
a rapariga mais bonita desta escola...”
- Liz: “meu deus, estás mesmo apanhado!”
- Dean: “vá lá Lee conta-me como foi!”
- Liz: “calma…correu bem, falámos sobre
ti, tentei convencê-la que eras diferente dos outros rapazes e tal...e disse-lhe que devia
experimentar sair contigo para ver…por isso amanha tens um jantar no Talon e
espero que saibas dançar, pois como cavalheiro que és vais convidá-la para uma
dança…”
- Dean: “o quê? Eu não sei dançar, pelo
menos não assim, esse não é bem o meu estilo, o que faço agora? Tens de me ajudar, contrata uma
professora ou assim…não sei, vai ser um fiasco……”
- Liz: “…eu sei dançar se quiseres...”
- Dean: “contigo, nem pensar, não…”
- Liz: “então cancela o jantar e podes
ter a certeza que não te volto a ajudar…….”
- Dean: “ok ok, pronto, é que é
esquisito, tens de compreender…”
- Liz: “pois claro, sim…eu como sou mais
pequeno faço de rapariga…”
Para começarmos foi um castigo, ele não estava a consegui dançar “com um
rapaz” mas depois, passado algum tempo lá se habituou, soltou-se mais…apesar
de manter a sua distância. Estava a sentir-me tão bem, agora com ele assim…nunca tínhamos estado tão á vontade…ele tinha um
sorriso, eu nunca tinha reparado, estranho, e sem os amigos por perto era tão
diferente.
Nessa mesma noite acordei e lá estava ele a dormir, tão sereno... Na
manha seguinte, estávamos a dormir quando o telefone toca e eu dei um salto da
cama e atendi:
- Mãe: “Liz querida, desculpa estar a
telefonar tão cedo, mas é só para te lembrar que este fim-de-semana vai haver
aquela feira de angariação de fundo, um jantar mais tarde e uma festa para os
mais jovens, tens de vir!”
- Liz: “olá mãe, feira para caridade? Ah
sim lembro-me, eu vou, não te preocupes!”
- Dean: “feira para caridade! Também
vais?”
- Liz: “sim, infelizmente, não faz nada
o meu género!”
- Dean: “a minha mãe também faz parte da
comitiva e eu também tenho de ir, assim se vais já tenho companhia...”
Assim que ele terminou a frase, apercebi-me da confusão que iria ser:
- Liz: “eu vou, a minha irmã vai e tu
também! Oh meu deus vou precisar de ajuda divina!”
- Dean: “o que é que disseste?”
- Liz: “o quê? Eu? Nada, não disse nada!”
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